Você já ouviu falar que o cachorro é o melhor amigo do homem? Tomando essa expressão como verdade e estendendo aos demais pets, podemos compreender a existência de um vínculo afetivo formado na interação animal e humano.
Este vínculo afetivo pode ser compreendido como um envolvimento emocional, através de pessoas que possuem e convivem com os seus pets observando a proporção tomada em suas vidas, principalmente modificações no estilo de vida. Estilo de vida desde os cuidados diários até mesmo realizar escolhas, como por exemplo, mudança para uma casa maior a fim de proporcionar maior conforto para o pet ou anular uma viagem de férias para não deixar o pet sozinho ou com desconhecidos.
Dedicação, atenção, apego e cuidado sendo compartilhados e retribuídos pelos pets cada um em sua singularidade porém com extensa significação emocional. Pensar em um rompimento deste vínculo nos remete a uma falta, a uma experiência de perda e a um processo de luto, variando a duração e intensidade de acordo com a qualidade e significação do vínculo estabelecido.
O processo de luto deve ser reconhecido, compreendido e respeitado como a perda de qualquer vínculo afetivo incluindo os pets. Outro ponto de importante destaque trata-se que cada pet é um ser único e sendo assim o luto nem sempre é amenizado pela substituição ou quantidade de animais que se tenha, entendo diferentes formações de vínculos.
O não reconhecimento do processo de luto diante da perda dos pets ocasiona muitas vezes o silêncio em pessoas enlutadas, vivenciando solitariamente a dor da perda pela incapacidade e restrição de expressar os seus sentimentos e como consequência possíveis sintomas psicossomáticos podem surgir, dificultando assim a elaboração deste processo.
O acolhimento e a escuta são importantes ferramentas de cuidado e suporte em momentos tão difíceis quanto a perda de quem amamos, e quando entendemos a intensidade do amor em todas a suas formas compreendemos o quanto a falta se torna dolorosa.
Tainara Flanderson Rosa Trombini Psicóloga
CRP-08/26389